Henry Freitas escolheu começar sua nova fase musical de maneira simbólica: lançando “Onde Era Flor”, parceria com Léo Foguete que inaugura oficialmente o projeto audiovisual “Paralelos”.
Gravado em Recife, o DVD aposta em grandiosidade visual, com estrutura de palco reforçada por painéis de LED, luzes dramáticas e uma estética que mistura modernidade, regionalidade e um toque emocional que permeia todo o repertório. “Onde Era Flor” foi apresentada ao público no fim de outubro e rapidamente chamou atenção tanto por sua força lírica quanto pela potência vocal da dupla.
A letra trabalha com uma metáfora simples, mas extremamente eficaz: um amor que antes florescia, agora machuca. “Onde era flor hoje é espinho” sintetiza o sentimento de desilusão que move toda a música. O eu lírico revisita esse afeto que perdeu o brilho, transformando o calor em frieza e a beleza em dor. Ao mesmo tempo, a composição não fica apenas no lamento; ela confessa a fuga, o desequilíbrio e até a nova identidade emocional que nasce depois da perda. Quando Henry canta que “se hoje eu sou da bagaceira é por sua causa”, ele dá corpo a uma narrativa muito comum, a de quem se perde um pouco tentando reencontrar algum sentido depois de um término conturbado. Essa honestidade confere peso ao single e aproxima o público da música logo na primeira audição.
Embora o videoclipe oficial siga o formato ao vivo por fazer parte do DVD, a performance de “Onde Era Flor” é construída com atenção aos detalhes. A iluminação valoriza os momentos de dor e intensidade da letra, contrastando tons frios e quentes para reforçar o jogo entre passado e presente. A direção privilegia closes que capturam as expressões de Henry e Léo, tornando a interpretação um elemento tão importante quanto a letra propriamente dita. Não há narrativa ficcional elaborada, mas sim uma aposta na força da presença dos artistas e no impacto emocional da execução ao vivo, o que se alinha ao conceito de “Paralelos”: uma obra que pretende unir música, verdade e estética numa mesma experiência.
Henry Freitas vive, possivelmente, um dos momentos mais consistentes de sua carreira. “Paralelos” tem sido apresentado como um projeto que abre portas para novas experimentações, mostrando o cantor mais maduro, mais consciente do próprio discurso e mais confortável em transitar entre o forró romântico e temáticas de vulnerabilidade. Já Léo Foguete aparece como peça essencial nesse momento de virada. Representante de uma nova geração do forró, ele empresta à faixa uma energia jovem e emocional, criando um equilíbrio perfeito com o tom confessional de Henry. Juntos, eles transformam “Onde Era Flor” em uma música que não se contenta em apenas falar sobre dor, ela a dramatiza, assume e traduz com verdade artística.
O lançamento tem repercutido bem entre fãs e veículos especializados, que destacam tanto a força da composição quanto o impacto visual do projeto como um todo. “Onde Era Flor” funciona porque é direta, intensa e honesta. É uma música sobre fim, mas também sobre transformação; sobre a flor que virou espinho, mas que ainda assim marca um novo começo para Henry Freitas. E dentro de “Paralelos”, ela cumpre perfeitamente seu papel: inaugura, apresenta, doa sentimento e anuncia ao público que o cantor está entrando em um novo capítulo, mais maduro, mais profundo e, acima de tudo, mais ele mesmo.






























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